A expressão "trabalho de campo"se consagrou nos estudos antropológico como uma modalidade de pesquisa que , em primeiro momento, se opunha ao 'trabalho/pesquisa de gabinete'.
O que isto quer dizer? Gabinete, ambiente fechado, uma sala em que o pesquisador sozinho e apenas com seus livros e ideias formula seus pensamentos e os articula em texto escrito.
Já o trabalho de campo é a saída do gabinete, é ir onde o alvo da observação está. O pesquisador/observador sai de uma área de conforto, de uma zona de segurança e vai para um outro lugar, que não é o seu.
Em nosso curso, houve a preparação para este trabalho de campo por meio de uma discussão em sala, como um trabalho de gabinete. Para ir a campo é preciso estar preparado.
Os blogs faria a mediação entre os dois ambientes.
Terminado o primeiro mês, temos algumas coisas:
1- o tempo segue, prossegue e é irreversível- o que se fez, está feito. E o que não se fez... O tipo de trabalho de observação de processos criativos, que demanda você estar lá com seu objeto, esta participação presencial com seu alvo observacional, traduz espaço em tempo: se você esteve lá, se investiu tempo com o grupo observado, você gerou dados, você produziu material.
2- Partindo do pressuposto que isso foi feito, que houve regulares visitas ao grupo observado, tais visitas não se traduzem na quantidade do material disponibilizado nos blogs.
O blog de Noah, ligado ao Lata, tem postagens nos seguinte dias:
a- 10 de setembro;
b-01 de outubro;
c- 07 de outubro;
d-08 de outubro
e-10 de outubro.
A postagem de hoje do site geral da turma é do dia 30 de outubro. Ou seja, há vinte dias, quase três semanas, não há postagens. O que se pode ver aqui é que houve uma concentração de potagens logo no início do tempo dedicado às observação. Tais potagens estavam ligadas primeiramente a cumprir as atividades do curso(projeto de observação) e contatos iniciais dos ensaios. Havia o inicio de um fluxo, de um ritmo, de uma produção. mas isso foi interrompido. O que acontece? Mesmo que tenha havido contatos com o grupo observado durante estes últimos 20 dias, o fato de cessar as potagens no blog acarreta várias coisas: acúmulo de material sem seu reprocessamento. Ou seja, se há observação, não há reflexão, análise sobre o material. E assim cada novo encontro com o grupo observado vai gerando mais e mais material. Desconexão entre as análises e as observações. Apenas acumulando dados, vai se levando ao um fetiche, a uma dependência a acumular material como se houvesse alguma atividade sobre o material. Por exemplo: alguém que compra livros sem cessar e acha que por ter livros tem o conhecimento que estão nos livros, sem nunca os ter lido.
Como a conclusão da disciplina está diretamente relacionada com a organização dos dados em um um seminário, o esvaziamento do blog gera uma desconexão de seus integrantes quanto às metas da disciplina.
O blog Antígona assim tem sua distribuição de potagens:
1- Terça dia 01 de outubro
2-quarta dia 23 de outubro
3- terça dia 29 de outubro.
Embora em alguns momentos seja textualmente mais interessante, o blog apresenta mais espaçamentos nas postagens que o blog de Noah. Além de um menor número de postagens, apresenta uma distribuição menos condensada. Demonstra que após um impulso inicial postergou organizar seus dados, fazendo isso próximo ao retorno dos encontros presenciais.
Novamente temos um hiato de 22 dias, três semanas, valendo as observações feitas para o blog anterior.
De qualquer fato, há , no processo de formação, de capacitação, a indicação desses intervalos, dessas descontinuidades, que mesmo relacionadas com trabalho ou presença no trabalho do campo, acarreta uma visão parcial do processo. O que é preciso fazer notar que o trabalho de gabinete e o trabalho de campo estão entrelaçados. Aprender a observar e aprender a transformar a observação em conhecimento são atividades interligadas.
Em todo caso, em nosso volta vamos identificar os obstáculos, as dificuldades e tornar o processo algo compreensível em sua inteireza.
O que isto quer dizer? Gabinete, ambiente fechado, uma sala em que o pesquisador sozinho e apenas com seus livros e ideias formula seus pensamentos e os articula em texto escrito.
Já o trabalho de campo é a saída do gabinete, é ir onde o alvo da observação está. O pesquisador/observador sai de uma área de conforto, de uma zona de segurança e vai para um outro lugar, que não é o seu.
Em nosso curso, houve a preparação para este trabalho de campo por meio de uma discussão em sala, como um trabalho de gabinete. Para ir a campo é preciso estar preparado.
Os blogs faria a mediação entre os dois ambientes.
Terminado o primeiro mês, temos algumas coisas:
1- o tempo segue, prossegue e é irreversível- o que se fez, está feito. E o que não se fez... O tipo de trabalho de observação de processos criativos, que demanda você estar lá com seu objeto, esta participação presencial com seu alvo observacional, traduz espaço em tempo: se você esteve lá, se investiu tempo com o grupo observado, você gerou dados, você produziu material.
2- Partindo do pressuposto que isso foi feito, que houve regulares visitas ao grupo observado, tais visitas não se traduzem na quantidade do material disponibilizado nos blogs.
O blog de Noah, ligado ao Lata, tem postagens nos seguinte dias:
a- 10 de setembro;
b-01 de outubro;
c- 07 de outubro;
d-08 de outubro
e-10 de outubro.
A postagem de hoje do site geral da turma é do dia 30 de outubro. Ou seja, há vinte dias, quase três semanas, não há postagens. O que se pode ver aqui é que houve uma concentração de potagens logo no início do tempo dedicado às observação. Tais potagens estavam ligadas primeiramente a cumprir as atividades do curso(projeto de observação) e contatos iniciais dos ensaios. Havia o inicio de um fluxo, de um ritmo, de uma produção. mas isso foi interrompido. O que acontece? Mesmo que tenha havido contatos com o grupo observado durante estes últimos 20 dias, o fato de cessar as potagens no blog acarreta várias coisas: acúmulo de material sem seu reprocessamento. Ou seja, se há observação, não há reflexão, análise sobre o material. E assim cada novo encontro com o grupo observado vai gerando mais e mais material. Desconexão entre as análises e as observações. Apenas acumulando dados, vai se levando ao um fetiche, a uma dependência a acumular material como se houvesse alguma atividade sobre o material. Por exemplo: alguém que compra livros sem cessar e acha que por ter livros tem o conhecimento que estão nos livros, sem nunca os ter lido.
Como a conclusão da disciplina está diretamente relacionada com a organização dos dados em um um seminário, o esvaziamento do blog gera uma desconexão de seus integrantes quanto às metas da disciplina.
O blog Antígona assim tem sua distribuição de potagens:
1- Terça dia 01 de outubro
2-quarta dia 23 de outubro
3- terça dia 29 de outubro.
Embora em alguns momentos seja textualmente mais interessante, o blog apresenta mais espaçamentos nas postagens que o blog de Noah. Além de um menor número de postagens, apresenta uma distribuição menos condensada. Demonstra que após um impulso inicial postergou organizar seus dados, fazendo isso próximo ao retorno dos encontros presenciais.
Novamente temos um hiato de 22 dias, três semanas, valendo as observações feitas para o blog anterior.
De qualquer fato, há , no processo de formação, de capacitação, a indicação desses intervalos, dessas descontinuidades, que mesmo relacionadas com trabalho ou presença no trabalho do campo, acarreta uma visão parcial do processo. O que é preciso fazer notar que o trabalho de gabinete e o trabalho de campo estão entrelaçados. Aprender a observar e aprender a transformar a observação em conhecimento são atividades interligadas.
Em todo caso, em nosso volta vamos identificar os obstáculos, as dificuldades e tornar o processo algo compreensível em sua inteireza.
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